Five Nights at Freddy’s 2 (2025)
- Douglas Moutinho
- há 5 dias
- 2 min de leitura
Expansão do universo e a confusão da sequência
Em Five Nights at Freddy’s 2, um ano após o desastre que marcou a Freddy Fazbear’s Pizza, o episódio já se transformou em histórias distorcidas e boatos sensacionalistas que circulam pela cidade, dando origem ao primeiro Fazfest. Enquanto o segurança Mike e a policial Vanessa tentam esconder da jovem Abby, de 11 anos, o que realmente aconteceu com os animatrônicos, a menina começa a ser atraída de forma inexplicável por eles. Ao restabelecer o contato com Freddy, Bonnie, Chica e Foxy, Abby desperta uma força sombria que ameaça a comunidade, desencadeando novos acontecimentos aterrorizantes. Paralelamente, vêm à tona segredos há muito enterrados sobre o passado da pizzaria e a verdadeira origem de seus temidos habitantes mecânicos.

A produtora Blumhouse tem sido provavelmente a maior responsável pelo terror contemporâneo: M3GAN, Atividade Paranormal, O Telefone Preto, Sobrenatural e várias outras novas franquias surgiram graças ao empenho de Jason Blum. No entanto, o sucesso das continuações dessas séries não vem sendo convincente. Ao contrário de filmes independentes, como Corra! e Nós, frequentemente citados como exemplos de relevância no terror recente, as franquias mais “caricatas” têm se mostrado insuficientes.
A caricatura – ou melhor, a marca registrada e as convenções do gênero, especialmente do slasher – vem sendo mal trabalhada ou já não possui o mesmo apelo de antes. Nos últimos anos, o único novo ícone do terror pop realmente consolidado foi Annabelle, e nenhuma outra tentativa alcançou o mesmo impacto — ainda que os próprios filmes da Annabelle nem sejam tão grandiosos.
Five Nights at Freddy’s 2 surge nessa tentativa de consolidar uma nova franquia relevante no terror – especialmente após M3GAN 2.0 fracassar e O Telefone Preto 2 não atingir as expectativas. O filme continua a narrativa do primeiro longa e adiciona mais elementos espirituais para tentar aprofundar o universo, além de levar os vilões para a cidade – uma fórmula de sequência que raramente funcionou bem no cinema. Isso resulta em um filme desnecessariamente confuso, embora não desagradável, mantendo o nível do capítulo anterior.
É importante notar que o filme tem como alvo um público juvenil, por isso não apresenta nada muito pesado em seu conteúdo. Talvez esse seja um problema: apesar da atmosfera sombria e das referências a franquias mais adultas – como Jogos Mortais – a obra entrega algo leve demais. Em suma, trata-se de um slasher adaptado para um público que não quer um slasher genuíno. Ainda que essas escolhas tornem o filme uma sequência genérica, ele não deixa de ser um bom entretenimento – assim como grande parte das produções da Blumhouse.
Crítica de Five Nights at Freddy’s 2 (2025) | por: Douglas Esteves Moutinho




