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Looney Tunes – O Dia em que a Terra Explodiu (2024)

Explosão Animada: Nostalgia, Caos e Sobrevivência

 

Looney Tunes – O Dia em que a Terra Explodiu, dirigido por Pete Browngardt, marca o retorno dos icônicos personagens Patolino e Gaguinho ao cinema em um longa totalmente animado, derivado da série Looney Tunes Cartoons. A proposta do filme é reavivar o legado desses personagens clássicos, equilibrando a nostalgia com elementos contemporâneos. Inspirando-se, em parte, na estética e nas tramas dos filmes trash dos anos 50, 60 e 70, o enredo parte de uma ameaça trivial — um possível despejo — e rapidamente escala para uma aventura intergaláctica envolvendo alienígenas, zumbis e chicletes.

Crítica | Looney Tunes - O Filme: O Dia Que A Terra Explodiu (2024) - Perfil Cinéfilo

A narrativa se organiza de forma metalinguística, desenvolvendo-se a partir de um enredo que se desdobra em diversas camadas e situações absurdas — características tradicionais do estilo dos Looney Tunes — ao mesmo tempo que tenta dialogar com aspectos contemporâneos, embora tais tentativas nem sempre funcionem plenamente.

O coração do filme é a ligação emocional entre os protagonistas, Patolino e Gaguinho. Essa relação sustenta a linha principal da aventura, ainda que não aprofunde os sentimentos ou conflitos entre eles, optando por um tom predominantemente infantil — embora, em certos momentos, algumas piadas possam sugerir o contrário. No geral, a proposta permanece leve e acessível, preferindo manter-se fiel ao caos divertido que sempre definiu os personagens.

O ponto mais consistente da produção reside em sua elaboração visual e sonora. A animação impressiona pelo vigor estilístico, com uma abordagem que remete à estética clássica dos Looney Tunes. Na parte musical, a trilha composta amplia os ecos dos desenhos originais, expandindo-os para uma ambiência sonora digna do cinema, que não apenas acompanha as cenas, mas também potencializa o ritmo narrativo e as variações de humor ao longo da trama.

Looney Tunes – O Dia em que a Terra Explodiu pode não reinventar os personagens nem oferecer uma guinada radical em sua mitologia, mas entrega uma experiência que honra o espírito anárquico e visualmente extravagante da franquia. Ao unir referências ao passado com pitadas de atualidade, o filme se posiciona mais como uma celebração nostálgica do que como uma renovação ousada. Ainda assim, em meio a um cenário em que a Warner Bros. parece não saber ao certo o que fazer com seus próprios ícones, esta animação surge como um lembrete afetuoso da força duradoura desses personagens e de seu apelo universal — mesmo quando o mundo está prestes a explodir.

 
 

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