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Kraven, o Caçador (2024)

O fim do universo do Homem-Aranha da Sony

Kraven, o Caçador surge como o mais recente filme do universo cinematográfico do Homem-Aranha, iniciado pela Sony em 2012 com O Espetacular Homem-Aranha, estrelado por Andrew Garfield. Este universo, marcado por uma sequência de fracassos e produções medianas, como Venom, Madame-Teia e Morbius, parece encontrar em Kraven uma tentativa de fechar sua trajetória com um desfecho mais digno.

Kraven, o Caçador (2024) | Crítica

Títulos como Madame-Teia e Morbius são frequentemente apontados como alguns dos piores filmes de super-heróis produzidos nos últimos anos. Contudo, Kraven se aproxima mais de Venom do que dessas produções, especialmente ao tratar de vilões clássicos dos quadrinhos e ao explorar o apelo dos atores que os interpretam. Criado em 1964, apenas dois anos após o próprio Homem-Aranha e duas décadas antes do surgimento de Venom, Kraven ocupa um lugar significativo no universo do herói, sendo um dos primeiros vilões a se conectar diretamente com o protagonista.

Diferentemente de Venom, Kraven opta por um tom mais sério e sóbrio, abandonando a comicidade em prol de uma narrativa mais profunda sobre a jornada de seu protagonista. Essa abordagem se reflete também no roteiro, que apresenta reviravoltas interessantes e consegue reservar mistério e surpresas até os momentos finais.

O personagem Kraven, na realidade, é Sergei Kravinoff, um aristocrata russo, herdeiro de uma rica família de caçadores. Em um momento crucial de sua vida, Sergei acompanha seu pai, junto com seu irmão Dmitri, em uma caçada, mas acaba sendo atacado por um leão. Ele é salvo por uma poção oferecida por uma local, que lhe confere habilidades sobre-humanas, como aumento de força, velocidade e foco, além de um vínculo com os animais. Esse evento desperta nele uma profunda crise existencial, levando-o a questionar a nobreza e os valores de sua família. Em busca de sua própria identidade e superioridade, ele começa a caçar criminosos, visando provar-se digno e à altura do pai.

Kraven, o Caçador (2024) | Crítica

Embora a trama de Kraven apresente uma abordagem relativamente simples sobre as origens do personagem, o filme utiliza bem esse arco para explorar suas complexidades. Ele realiza mudanças consideráveis em relação às HQs originais e, como tem sido costume no universo cinematográfico da Sony, opta por excluir a presença do Homem-Aranha, criando um espaço para o desenvolvimento independente de Kraven.

Kraven é um personagem interessante, e o filme o utiliza relativamente bem para contar uma história simples sobre as suas origens, modificando vários elementos das hqs e excluindo completamente a existência do Homem-Aranha, como tem sido de praxe nesse universo da Sony. Ainda assim, é impossível não perceber o esgotamento em relação ao universo que a Sony tentou realizar, fazendo com que Kraven seja apenas mais um filme de herói em meio a tantos outros.

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