top of page

F1 (2025)

Atualizado: 12 de jul.

A vida nas pistas e os conflitos que definem a vitória


Na década de 1990, Sonny Hayes foi o piloto mais promissor da Fórmula 1, até que um acidente quase destruiu sua carreira. Trinta anos depois o proprietário de uma equipe com dificuldades financeiras oferece a Sonny a chance de se juntar ao time e retomar a sua carreira, mas o desafio vai além da velocidade.

Crítica | F1 (2025)

Sonny, interpretado por Brad Pitt, é o tipo de personagem que carrega o peso da idade e das experiências passadas, sendo ao mesmo tempo uma antiga promessa das pistas e uma figura que, apesar de tudo, ainda busca a redenção. Pitt consegue transmitir a complexidade desse personagem de forma comovente, misturando a arrogância de um prodígio passado com a vulnerabilidade de alguém que sabe que está lutando contra o tempo.O grande conflito do filme, no entanto, não é apenas o de Sonny contra o tempo, mas também o embate entre ele e Joshua, um piloto jovem e impetuoso da mesma equipe. Ambos se ameaçam, mas de formas muito distintas. Sonny, com sua história, representa a resistência à mudança. Ele desafia o sistema e a ideia de que os veteranos são descartáveis, ameaçando a visão do automobilismo moderno com sua experiência e paixão pela corrida. Por outro lado, Joshua, o piloto jovem, ameaça a equipe e o esporte com sua prepotência, sua aceitação do sistema e, ao mesmo tempo, com sua levianidade, descompromisso e negligência. Ele se vê ameaçado pelas qualidades do Sonny, percebendo nele características como força de vontade, empenho, personalidade, coragem e dedicação, marcas fortes da geração passada. Esse duplo confronto se torna um dos pontos mais interessantes e bem desenvolvidos do filme. O drama é muito mais do que uma simples disputa por vitórias; ele trata de ambição, identidade e os desafios de quebrar as barreiras da geração, do sistema e das expectativas.

Em termos visuais, F1 é impressionante. As cenas de corrida são intensas e hipnotizantes, principalmente quando a câmera assume a subjetividade, conseguindo transmitir a adrenalina de estar dentro de um carro de Fórmula 1. A cinematografia cria uma experiência imersiva, colocando o espectador no centro das disputas. O design das pistas, as tomadas aéreas e as câmeras dentro dos carros fazem com que cada corrida seja uma experiência sensorial.A trilha sonora é outro grande trunfo da produção. Ela se mistura perfeitamente com a ação, intensificando os momentos de corridas e os altos e baixos dramáticos. A combinação entre imagem e som cria uma atmosfera ímpar, mantendo o ritmo acelerado e emocionante do filme.

F1 não é apenas sobre corridas; é uma reflexão sobre a superação, a luta contra o tempo e os desafios de se manter relevante em um mundo que sempre olha para a próxima geração. Brad Pitt brilha como o veterano que busca um último suspiro de glória, enquanto o filme explora as tensões entre ele e a nova geração.

Com uma direção destacável, cenas de corrida eletrizantes e uma trilha sonora que eleva a tensão, F1 consegue capturar a essência do esporte e dos dramas humanos que o cercam, entregando uma experiência cinematográfica intensa e emocionante.


Crítica | F1 (2025)

 
 

Deixe seu e-mail para acompanhar as novidades!

© 2022 Perfil Cinéfilo: curso de cinema, crítica cinematográfica, curso de história do cinema

  • Instagram
  • Lattes
bottom of page